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domingo, 12 de outubro de 2008

Algumas reflexões sobre o cerco a Guimarães(1127)

Que o cerco a Guimarães, por Afonso VII, é uma acção punitiva pela parte deste contra sua tia D. Teresa, pelas acções bélicas de contestação sobre os seus domínios que havia sido negociados em Ricovado, aproveitando as quezílias entre o rei de Leão e Afonso de Aragão.

Uma vez resolvido esse problema Afonso VII ruma a Guimarães, para punir sua tia desavinda e tirar desforço dos ataques ás seus domínios na Galiza.

Escolhe Guimarães, provavelmente por ser a sede do condado, onde seguramente D.Teresa não se encontrava, para uns encontrava-se em Coimbra, para outros no Porto, onde a avaliar pelos registos da época se encontrava no fim do Verão de 1127, pois a carta de doação e feudo da igreja de S.Fausto da Régua a D.Hugo bispo dessa sede data de 3 de Setembro.

Mantém-se contudo o mistério sobre as razões que poderão ter levado D.Afonso a não querer levar esta acção punitiva a efeito, num dos locais onde D.Teresa podia ser encontrada.

Não restam dúvidas que após o cerco a Guimarães, Afonso Henriques acompanhou o seu primo a Santiago de Compostela, como se atesta pela confirmação dum privilégio concedido pelo seu primo, que coloca uma interpretação assaz pertinente, que resulta na demarcação óbvia que o jovem infante de Portugal, faz dos crimes de "traição" cometidos por sua mãe, ao ter-se rebelado contra o seu sobrinho rei de Leão e Castela, que não se esqueça envolvia igualmente a Galiza e naturalmente o condado Portucalense.

Muita coisa continua por se perceber, já que as consequências práticas desse acto acabaram por ser nulas, já que D.Teresa rapidamente se apazigua com o seu sobrinho, reassumindo a legitimidade sobre o governo ds seus domínios

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