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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Primeira incursão na Galiza(1130)

Um dos primeiros actos militares de D.Afonso Henriques, foi o ataque militar a terras galegas de Toronho e Límia.

Não devem atribuir-se a estas escaramuças, mais nenhum outro objectivo, que não o de um jovem príncipe feudal, pretender alargar os seus domínios em zonas fronteiriças galegas, que se traduziram em confrontações armadas, dirigidas pelo próprio infante.

Por essa altura, em terras galegas havia graves problemas entre a nobreza galega e entre alguns deles e o rei de Leão, os condes Pedro e Rodrigo Lara revoltaram-se abertamente contra o seu rei e D.Afonso Henrique terá querido contabilizar a seu favor, algumas forças de outro nobres da região

Tinha D.Afonso Henriques o objectivo de mostrar também, que tinha o direito de aceitar vassalos, mesmo em território considerado galego e que não necessitava para isso, do acordo de Afonso VII.

Não se tratavam de guerras nacionais entre estados diferentes, mas guerras feudais, motivadas por conflitos de vassalagem, de fidelidade e de soberania.

As suas tentativas agravaram quando mandou construir um castelo em Celmes, no território galego de Límia e o equipou com forte guarnição de nobres e de peões, com viveres suficientes, para aguentar um cerco.

Afonso VII reagiu, veio pessoalmente á Galiza e á frente do seu exército, cercou o castelo, venceu os seus defensores fez uma grande quantidade de prisioneiros e colocou nele os seus fiéis, recuperando assim a sua autoridade sobre aquela terra.

A construção de um castelo, foi afronta grave em sí mesmo, constituía um acto de soberania, só podendo ser feita a mando de um rei ou com sua autorização.

Por outro lado o galego conde de Límia, Rodrigo Pires Veloso,pelas boas relações, que se provou existirem com D.Afonso Henriques, quer antes quer depois deste acontecimento, terá consentido na construção do referido castelo.

Esta retaliação de Afonso VII terá acontecido pela primavera de 1130, claramente para demonstrar a sua soberania no território.mas também para mostrar que o conde de Límia lhe devia vassalagem a ele e não a D.Afonso Henriques. Não terá passado para além disso, porque a questão da revolta dos Laras ainda não estava resolvida.

2 comentários:

Francisco Santos disse...

Interessante!

Anónimo disse...

Há aqui uma demarcação e separação entre "galegos" e "portugueses" que é completamente irrealista na altura. As nobrezas de entre douro e Minho e a norte do Minho eram um só povo, casavam entre eles e trocavam terrenos, etc. a margem norte do Minho também fazia en grande parte , parte do território pertencente ao D Afonso Henriques. Tão Galego como Fernão Trava. Tenho gostado de ler a compilação de factos que compila no blog mas parece haver uma tendência de querer pintar um quadro do rei semideus que veio ao mundo para libertar o povo português eleito por deus e oprimido pelos maus de Castela.