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domingo, 20 de novembro de 2011

Acontecimentos no ano de 1165

  • Casamento de Urraca Afonso com Fernando II de Leão
Afonso Henriques, rei de Portugal casou a sua filha, Urraca com Fernando II de Leão,na sequência do tratado de Pontevedra, seu primo afastado (pois Fernando era neto de Urraca de Leão e Castela, tia de Afonso Henriques), em 1165, tendo ela apenas 15 anos e ele já 28, mas devido aos laços de parentesco o casamento acabou por ser dissolvido pelo Papa em 1175.

De facto nessa época a Igreja Católica proibia os casamentos entre parentes até ao 7º grau de consaguinidade, proibição que podia ser anulada pela solicitação duma dispensa emanada da Santa Sé,pagando por ela uma determinada importância que variava normalmente em função do estatuto social dos contraentes.

Deste casamento nasceu o futuro Afonso IX de Leão (1171), último rei de Leão independente, e o único filho do casal.


  • Conquista de Évora
Geraldo Geraldes, foi nobre cavaleiro que serviu D. Afonso Henriques, mas de quem se afastou para se eximir a um castigo severo por actos condenáveis que praticara, indo, por isso, refugiar-se com o bando de salteadores que organizou e capitaneava, em território sob domínio islamita.

As suas actividades enchiam de terror as populações muçulmanas, mostrando-se-lhe algumas delas amigas a ponto de lhe prestarem auxílio para, deste modo, evitarem os seus assaltos e destruições, pois era um homem verdadeiramente temido tanto por mouros como por cristãos.

As condições em que decorria a sua vida incerta de salteador não se coadunava com a nobreza de ânimo que possuía e, ao mesmo tempo, por sentimentos de amor pátrio, decidiu empreender uma proeza que o acreditasse no conceito do monarca português para todo sempre.

Para isso planeou conquistar aos mouros a opulenta cidade de Évora, empresa bem difícil e árdua. O grupo de cavaleiros e de peões que o seguia e lhe obedecia como chefe vivia num castelo por ele fundado e era formado por guerreiros experimentados, corajosos e capazes dos mais arrojados cometimentos.

O audacioso plano, habilmente preparado por Geraldo, foi posto em prática de surpresa, pela calada da noite. Primeiramente, e apenas com cinco dos seus companheiros, assaltou uma torre onde estavam de vigia um mouro e uma filha, que nesse momento dormiam descuidadamente e a quem cortou as cabeças à cutilada.

Daquela atalaia Geraldo fez, para o castelo de Évora, os sinais convencionais, que conhecia perfeitamente, para prevenir que o inimigo se dispunha a atacar a cidade noutro ponto distanciado daquele e para onde mandara um reduzido número de soldados da sua milícia.

A guarnição eborense, ao receber tal aviso, reuniu-se à pressa e abandonou precipitadamente a fortaleza, procedendo no meio de tamanha confusão que deixou abertas as portas.

Geraldo, o Sem Pavor, correu velozmente com a sua gente de armas, penetrando com felicidade rara na cidade de Évora. Sem perda de tempo, a sua hoste matou ou invalidou os mouros que ficaram no castelo e, tomando as medidas mais adequadas às circunstâncias, pôde impedir a reentrada das tropas que haviam caído nesse ardil de guerra, assenhoreando-se de uma posição estratégica de tão magnifica importância.

Fonte : Joel Serrão

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