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segunda-feira, 8 de março de 2010

Conquista de Lisboa-As negociações

Após a conquista de Santarém, D,Afonso Henriques retira para Coimbra, mas por certo a sua preocupação, o seu objectivo concentrava-se em Lisboa, cidade que já tentara em 1142 conquistar, mas em vão, para mais atendendo ás dificuldades que a sua localização geográfica e a guarnição estimada em cerca de 15 000 homens, representavam.

O enquadramento perfeito para a tentativa, conciliava-se com a ajuda que poderia significar para as forças portuguesas o desembarque dum frota de 164 navios transportando 12 a 13 mil cruzados que atracou no Porto.

A pregação de S.Bernardo em várias cidades europeias, havia colhido frutos, na organização duma cruzada de libertação na Terra Santa, cuja frota havia partido de Inglaterra a 23 de Maio de 1147.

Fortes temporais haveriam de desviar a rota das embarcações que aportaram primeiramente na costa asturiana, depois em porto galegos e finalmente no Porto onde desembarcaram a 16 de Junho.

Nessa altura o bispo do Porto D.Pedro Pitões, exortou-os a ajudar D.Afonso na conquista de Lisboa, prometendo-lhes recompensas em dinheiro, dando-se como penhor em garantia a essa promessa régia, seguindo instruções que o Rei lhe havia feito chegar.

Foram acordadas as condições prévias e, a 29 de Junho a frota de alemães, ingleses, normandos e galeses, entre outros,reuniu-se com D.Afonso Henriques para as negociações mais detalhadas, que foram demoradas e difíceis, tendo estado muitas vezes em perigo de ruptura.

O acordo finalmente conseguido não foi fácil para o lado português, naturalmente quem mais estava interessado nele mais teve que ceder para o obter, acabando por se basear em 3 questões importantes.

  • Os bens do inimigo pertenceriam aos cruzados; que o saque da cidade seria todos para eles, incluindo prisioneiros e seus resgates
  • Aqueles que quisessem ficar a viver em Portugal, poderiam guardar aqui as liberdades, foros, usos e costumes dos seus países.
  • Gozar de imunidade fiscal, digamos assim, isentados de pagamento de portagens e peagens para os seus navios e mercadorias.
Antes de se iniciarem as hostilidades, os cristãos tentaram convencer os mouros a renderem-se argumentando que a terra da Hispânia, pertencia de direito aos cristãos, como era de prever os anciãos dos sitiados, responderam que não se rendiam, pois o destino dos homens está nas mãos de Deus.

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